terça-feira, 7 de setembro de 2010

Depois de muito tempo com a janela do meu quarto fechada, hoje eu abri. Dei de cara com um tempo fechado, um friozinho e um ventinho gostoso. Sempre adorei o frio. Mas o mais estranho foi ver todos aqueles carros passando, olhar para o prédio ao lado do meu e ver as pessoas dentro de seus apartamentos fazendo tudo normalmente. Foi aí que eu lembrei que a vida de todo mundo continua. O mundo lá fora continua girando, indepentende de eu ter me trancado dentro do meu quarto desde sexta-feira ou não. Ao mesmo tempo que eu tava deitada na minha cama, ouvindo música e pensando nele, as pessoas estavam em suas casas comendo, fazendo suas coisas ou até mesmo estavam fora delas comprando coisas, mudando sua vida inteira. Inclusive a vida dele continua. Desde sexta-feira que eu cheguei em casa, liguei o som no último volume, fechei a janela, deitei na minha cama e fiquei pensando em tudo o que já aconteceu e sentindo saudades do que nós éramos, ele continua vivendo. Ele saiu do trabalho, foi pra casa, ficou com ela e tá com ela até hoje. É final de semana. É óbvio que nesse mesmo momento em que eu tô olhando pela janela, pensando que o mundo de todo mundo continua girando indepentende de mim, ele tá do lado dela. E a única coisa que ele não tá fazendo é estar pensando em mim. A vida dele continua indepentende de eu estar vivendo ou não, e a minha vida deveria continuar independente dele, mas quando eu lembro daqueles olhos, daquele sorriso… a única coisa que eu consigo fazer é fechar a janela, ligar o som e deitar na minha cama de novo.

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